quarta-feira, 6 de outubro de 2010

EDUCAR PARA SER FELIZ

Ao longo dos anos temos vindo a perceber que o mais importante na vida não é ser mais esperto, mas sim ser feliz. Vários estudos têm demonstrado que o nosso cérebro não funciona à margem das circunstâncias e dos sentimentos. Ao educarmos as nossas crianças e jovens temos pois que apostar numa educação em que os pilares base sejam: amor, sorriso, limites, laços e… tempo, tempo para sermos pais e educadores, tempo para ensinarmos as nossas crianças a ser felizes. Sim: aprende-se a ser feliz.
A inclinação primária do Homem e para a qual todos os esforços se concentram, mesmo nas situações mais adversas, é a felicidade.
O principal objectivo da felicidade é, sem dúvida, o da realização pessoal consubstanciada em dois aspectos fundamentais: encontrar-se a si próprio e ter um projecto de vida.
Tudo é aprendido. Como tal a felicidade também se aprende. A felicidade ou a infelicidade, o sucesso ou o insucesso. Se transmitirmos aos nossos filhos a ideia de que viver é algo fantástico será isso que tenderá a ficar aprendido. Se, pelo contrário, lhe transmitirmos que “a vida é um sofrimento constante”, a criança ficará e viverá com essa ideia. Se lhe transmitirmos confiança, optimismo e orgulho nos seus desempenhos, em vez de lhes lançarmos “profecias” tais como, “nunca fazes nada de jeito”, “és um irresponsável”, “a mãe do Pedro é que deve estar contente com o filho que tem”, entre tantas outras em que somos “useiros e vezeiros”, aumentamos-lhe a possibilidade de encontrarem o caminho da felicidade.
Temos que estar motivados para podermos motivar, porque educar para a felicidade não fácil! Todos os dias somos “bombardeados” com o que de mais negativo existe no mundo sendo assim, em torno das mensagens negativas, que vamos vivendo e transmitindo aos nossos filhos e educandos a nossa própria mensagem negativa.
Mas no mesmo mundo dos “negativos” também há os aspectos “positivos”. Há pois que mostrar um sentido positivo perante as pessoas e os acontecimentos, de aceitar as próprias possibilidades e também as limitações. Na relação com os nossos filhos e educandos, é preciso aceitá-los como são e porque o são.
Todos os dias lidamos com um dos mais gravosos problemas porque passam as nossas crianças: o problema afectivo. As crianças necessitam de ser “acolhidas” em colos protectores pois, caso contrário, ficam mal “nutridas” afectivamente, má “nutrição” que se irá reflectir ao longo da sua vida.
Por outro lado “castramos” na criança o sentido de liberdade, liberdade que nós não temos como nossa. É preciso que as nossas crianças vivam e sejam livres de forma a aprenderem a escolher e a ser, e não recuem na procura do seu próprio sentido para a vida porque, se assim fizermos, estamos a ensinar-lhes a ser felizes.
Mas temos que o fazer com entusiasmo e com alegria. Com vontade e sinceridade. Entusiasmo não é, de forma alguma, sinal de irrealismo mas sim o sinónimo de um estado de ânimo que nos mostra as possibilidades do sucesso perante os obstáculos da vida. É aqui, no entusiasmo, na vontade e na sinceridade, que reside o “segredo” para ensinar a ser feliz e a viver a vida sendo capazes de olhar as estrelas, as ondas do mar, os pássaros a cantar, a chuva a cair… em suma a vibrar com essa mesma vida.
            Educar para ser feliz consiste em possibilitar a inquietação de saber que ser feliz está para além do êxito, do dia-a-dia, do que se tem ou não tem, mas, sobretudo, perceber quem somos e para onde vamos. VAMOS SER FELIZES HOJE

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