terça-feira, 19 de outubro de 2010

Educação Parental (II)

Ao longo dos últimos anos têm sido dados passos muito importantes nas políticas sociais de apoio às crianças e famílias em risco, particularmente com a criação de equipas multidisciplinares especializadas em áreas tão importantes como sejam, as da preservação primária, secundária e terciária, numa tentativa para que se materialize uma intervenção pluridisciplinar, numa parceria interinstitucional diversificada e que actue o mais precocemente, preferencialmente ainda no seio da família, particularmente junto dos pais, onde se estabelecem as primeiras relações de vinculação, cuja qualidade é fundamental para o desenvolvimento harmonioso da criança; têm-se operado, ao nível do apoio familiar, diversas alterações de forma a garantir melhores condições que assegurem o bem-estar das crianças, criando as condições facilitadoras do exercício de funções parentais adequadas, de forma a ajudar as famílias a estabelecerem um relacionamento saudável e positivo com as suas crianças, centrado no exercício da autoridade, no diálogo, no respeito e numa educação pelo afecto.
Assim se tem promovido o superior interesse da criança, no seu direito a crescer numa família ou, em caso de acolhimento, ao respeito pelo seu bem-estar e desenvolvimento integral.
Já o afirmámos em variadíssimas ocasiões, já o lemos e ouvimos em diversos seminários, artigos, noticiários: é um factor de risco para as crianças a vulnerabilidade das famílias pelo que se torna uma necessidade e urgente, promover a educação e o apoio parental o mais precocemente possível, agindo preventivamente face a possíveis adversidades.
Qualquer intervenção a favor da criança deverá “englobar as suas necessidades sociais, biológicas, psicológicas e afectivas, em cada um dos seus aspectos e das suas relações”.
É prioritário defender e proteger a criança tendo em conta que, mesmo os casos aparentemente «suaves», podem, rápida e inesperadamente, aumentar de gravidade pondo em risco a vida, a integridade física e/ou psicológica da criança.
A protecção da criança passa sempre pela protecção do seu «superior interesse». Neste sentido, a intervenção junto da família deverá ser o caminho e o objectivo primordial.
Temos, portanto, de promover e desenvolver, rapidamente, programas de educação parental.

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