quinta-feira, 10 de março de 2011

Mais… brincar!

É sabido que aprendemos algumas acções, medos ou sentimentos por associação, isto é, pela coincidência de vários estímulos que nos levam a estabelecer nexos entre eles. Ou ainda, por meio das consequências da nossa conduta, sejam efeitos negativos ou positivos. Foi Thorndike, em 1911, quem formulou a Lei do Efeito, referente à afirmação anterior e foi Skimner, em 1953, quem contribuiu para o desenvolvimento desta ideia: um comportamento tende a repetir-se quando provoca a aparição de algo agradável para a pessoa, reforço positivo, ou a eliminação de algo desagradável, reforço negativo.
É por meio da experiência, da observação e da exploração do seu ambiente, que a criança constrói o conhecimento, modifica situações, reestrutura os seus esquemas de pensamento, interpreta e busca soluções para factos novos.
A relação entre a vida escolar e o quotidiano constitui a vida da criança, relação que, no mundo actual, necessita de humanização. Torna-se necessário incutir na criança de hoje, os sentimentos da solidariedade, da cooperação, do compartilhar, do prazer de dividir e de dar. É na interacção com seu dia-a-dia que a criança desenvolverá os seus valores, a sua crítica, a sua postura de vida, além da aquisição do conhecimento.
Jogar, brincar, utilizar o brinquedo são oportunidades de desenvolvimento fundamentais e necessárias. Brincando, a criança experimenta, descobre, inventa, aprende e confere habilidades. Além de estimular a curiosidade, a autoconfiança e a autonomia, proporciona o desenvolvimento da linguagem, do pensamento, da concentração e atenção. Brincar é indispensável à saúde física, emocional e intelectual da criança. Brincando, a sua inteligência e a sua sensibilidade desenvolvem-se. A qualidade de oportunidades oferecidas à criança através das brincadeiras e dos brinquedos, garantem que as suas potencialidades e a sua afectividade se harmonizam. A ludicidade, tão importante para a saúde mental do ser humano, é um espaço que merece atenção dos pais e dos educadores, pois é o espaço para expressão mais genuína do ser, é o espaço e o direito de toda criança para o exercício da relação afectiva com o mundo, com as pessoas e com os objectos.
É pois importante e necessário, ajudar a criança a aprender e a brincar, partilhando as suas descobertas, estimulando-a a pensar criativamente, a transformar a agitação quotidiana em descobertas proveitosas.

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