segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Ambientes educativos - educação formal, não formal e informal (I)

Educação formal

A educação no sentido amplo é sinónimo de socialização do indivíduo e compreende todos aqueles processos institucionalizados, ou não, que visam transmitir determinados conhecimentos e padrões de comportamento a fim de garantir a continuidade da cultura e normas da sociedade.
A sociabilização promovida pela escola implica, na maior parte das vezes, levar a criança para dentro de uma vida pré-determinada, de um mundo pré-estabelecido: a vida e o mundo dos adultos e das coisas sérias. Significa transmitir à criança valores já prontos, na construção dos quais ela não teve (nem terá) qualquer participação, “ilegitimando” a cultura infantil, podendo mesmo negar a existência desta cultura. Perrotti (1982). Sob o paradigma da sociabilização, a instituição escolar converte-se em aparelho ideológico do Estado. Althusser (1980)

A educação deve,(...) procurar consciencializar o indivíduo para as suas raízes, a fim de dispor de referências que lhe permitam situar-se no mundo, e deve ensinar-lhe o respeito pelas outras culturas.  (Delors, 1997, p.42)

Educação formal tem como significado a educação escolar, a qual se integra num sistema regular de ensino e aos diversos níveis, desde o pré-escolar até aos estudos superiores, promotora de amadurecimento psicossocial e do aprender erudito.
A educação formal tem objectivos claros e específicos como seja, socializar o indivíduo dentro das normas da sociedade. A escola e a universidade geralmente simbolizam a educação formal.
A escola como órgão depende de uma linha educacional centralizada com um currículo, sendo esta linha determinada a nível nacional, fiscalizada pelo ministério da educação, através de uma estrutura hierárquica.
A escola divide-se em pequenas fracções, baseadas na idade cronológica onde se formam as turmas pelos diversos anos de escolaridade; as turmas estão condicionadas a normas de comportamentos próprios como: horário, conduta, disciplinas específicas para cada aluno, etc. A educação neste sentido tem exigências claras como a competição e a aquisição, as quais fazem parte do dinamismo escolar. A educação tem que provar, por meio de instrumentos diversos, o que o aluno aprendeu, sendo avaliado por notas ou conceitos, com "punições" para aqueles que não têm uma boa avaliação, punições como por exemplo repetir de ano.
A educação nesse caso não é uma escolha pessoal voluntária, já que o educando não participa das actividades escolares por determinação própria. Esse tipo de educação é obrigatório por lei, sendo da responsabilidade da família e da sociedade.

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