quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Ambientes educativos - educação formal, não formal e informal(III)

Educação informal

            Por educação informal entende-se aquela que é adquirida indiferenciadamente, através das relações estabelecidas com os outros e com o meio, sem preocupações de planificação ou de ordem pedagógica.
Como exemplo desta educação, poderemos salientar a brincadeira livre e espontânea da criança, realizada sem a companhia de um adulto, num tempo, digamos de independência, de aventuras, de actividades secretas em partilha com os colegas, ou seja numa socialização horizontal.
O tempo de casa à escola, quando a criança faz este percurso sozinha ou na companhia de colegas, é um tempo rico para as actividades de índole informal.

            Perante esta análise sobre a educação formal, não formal e informal, poderemos concluir da importância que os diversos ambientes educativos têm na aprendizagem e no desenvolvimento harmonioso.
            Assim, se por um lado uma das funções primordiais da escola é assegurar a aquisição de conhecimentos e competências básicas necessárias, tendo em consideração cada momento histórico e situação cultural, por outro lado as aprendizagens desenvolvidas no distanciamento institucional fase à escola, em relação com o meio vital da criança, num tempo especial de independência, de aventura, de projectos secretos partilhados com colegas, num tempo de traquinice, de socialização horizontal, ou ainda a realização de actividades lúdicas organizadas por instituições especializadas de forma a animar os tempos livres, levam a aquisições significativas e diversas  que conduzem à assimilação de valores fundamentais à vida quotidiana.
            Os efeitos educativos produzidos nos diferentes ambientes, incidem conjuntamente no processo educativo global de cada criança.
            Segundo Dewey, a educação pressupõe uma constante reestruturação das experiências. Cada experiência educativa reforça e facilita, contradiz ou nega as outras ou seja, cada aquisição tem por base a precedente e condicionará a futura.
            As vivências de cada criança, tanto na escola como na família ou ainda brincando livremente ou em actividades programadas, repercutem-se no processo educativo global.
            Assim sendo, importa que exista uma curta distância afectiva entre a família, a escola e as instituições educativas não formais mas, igualmente, que exista uma coordenação entre elas de forma que não actuem isoladamente, sentindo-se auto suficientes, duplicando esforços, reduzindo recursos ou, simplesmente sobrecarregando as crianças.
            Os tempos livres têm que ser compatibilizados tendo em atenção a escola, a família, as instituições não formais e os tempos pessoais e auto definidos. A criança necessita de dispor de tempo livre, em que não esteja “comprometida” com nenhuma ocupação regulamentada e orientada pelo adulto, seja ela de âmbito formal ou não formal.

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